segunda-feira, setembro 29, 2008

Um tempinho pra postar...

Como eu gostaria de poder postar mais vezes...
Eu adoraria ver o meu blog bombar tipo uns que eu visito com trocentos comentários e tals! Assim que eu tiver uma brecha vou dar um jeito nisso!
Eu acabo de voltar da gravação de um vídeo documentário (educativo) sobre o acarajé. Eu estou produzindo e isto está sendo muito cansativo, apesar de eu amar o que faço.
O engraçado é que mesmo estando na Bahia, as pessoas da cidade onde moro não vendem acarajé vestidas de baianas (tem até homens vendendo). Algumas pessoas até dizem que não acham que o acarajé tenha alguma relação com o candomblé ( o acarajé é um prato africano, trazido pelos escravos e é oferecido aos orixás, em especial Iansã) ou se recusariam a comer um acarajé preparado por uma filha de santo. Sem contar que o próprio acarajé tem ao longo dos anos perdido as características de sua origem, pois já existe acarajé por quilo com recheios variados, acarajé light, "acarajé de Jesus" (aternativa encontrada por évangélicos para vender ou come-lo) e até massa semi-pronta em pó.
Eu não gosto muito de acarajé pra falar a verdade, eu prefiro abará e tenho comido horrores nas gravações (não de graça infelizmente). Eu acabo não resistindo (assim como a equipe toda) e também tenho que fazer uma média com os donos dos pontos para que eles colaborem partivcipando do vídeo. Do que eu gosto mesmo é do vatapá, oh delícia!
Mudando de assunto, modifiquei o meu projeto de monografia.... não irei mais pesquisar sobre ciberarte... Agora resolvi escrever sobre o ciborgue e irei usar o filme "Minority Report" de Steven Spielberg para análise.
Nessas pesquisas que tenho feito tenho descoberto coisas interessantíssimas sobre cibercultura, ciberespaço e ciborguização.
Se você não sabe o que é ciborgue eu explico: é uma nova espécie humana que surge através da interface entre o homem e as tecnologias. Próteses estéticas ou médicas, vivências virtuais, drogas ou medicamentos que modificam a nossa percepção agindo no cérebro, a própria internet, televisão e cinema fazem de nós ciborgues ( e estamos cada vez mais nos convertendo em organismos cibernéticos).
Até a tecnologia ser incorporada de fato ao nosso cotidiano (dinheiro eletrônico, engenharia genética, salas de bate-papo, etc) muitos debates ocorreram no campo da filosofia, sociologia e tals sobre a possibilidade da tecnologia ser prejudicial para a humanidade. Isto porque o pensamento humanista entra em crise e daí surgem correntes que evocam o pós-humano, o ser humano melhorado através da sua racionalidade técnica (o homem pós-moderno). O próprio homem é entendido como uma máquina, como um objeto no mundo como outro qualquer uma vez que somos um agregado de informações (genéticas). A cibernética é uma ciência que equaliza todos os "objetos" que conhecemos como agregado de informações e aliada à telemática gerou o que conhecemos como cibercultura. (a cibernética não anula o "Eu", o espírito, consequentemente a possibilidade do homem (re) conhecer a sua essência).
Muitos teóricos dizem que somos todos ciborgues de alguma maneira e que o homem das cavernas que transformava o osso, a pedra ou o metal em artefatos seria um ancestral do ciborgue.
A questão é que cada vez mais a técnologia deixa de ser apenas manipulada por nós para se tornar uma uma parte do que somos.
No filme em questão existem várias referências desta interface homem-máquina ou homem-tecnologia.
O assunto dá pano pra manga, mas fico por aqui, bjuxxx!


Referências:

FRANCO, Edgar. Será o Pós-humano?, Ciberarte & Perspectivas Pós-Biológicas publicado em <http://posthuman.tipos.com.br/arquivo/2007/02/19/sera-o-pos-humano>, acesso em 20 de setembro de 2008.

KIM, Joon Ho. Cibernética, ciborgues e ciberespaço: notas sobre as origens da cibernética e sua reinvenção cultural, artigo publicado em , acesso em 20 de setembro de 2008.

LEMOS, André. Cibercultura , tecnologia e vida social na cultura contemporânea. Porto Alegre: Sulina. 2ª ed. 2004.

OLIVEIRA, Fátima Regis de, PIZZI, Fernanda & GONÇAL, Márcio Souza. Ciborgue: humano e comunicação, artigo publicado na Revista on-line Ghrebh em novembro de 2004 no endereço: <
http://www.revista.cisc.org.br/ghrebh6/artigos/06fatima.htm>, acesso em 20 de setembro de 2008.

PETRY, Luís Carlos. O ciborgue e a arte da hipermídia, artigo publicado no site: , acesso em 20 de setembro de 2008.

RUDIGER, Fancisco Ricardo. Introdução ás teorias da Cibercultura: perspectiva do pensamento tecnológico contemporâneo. Porto alegre: Sulina, 2ª ed. 2007.

SPIELBERG, Steven. Filme Minority Report, A Nova Lei. Twentieth Century Fox: 2003

"O Caminho da Vida

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.

A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.

Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela.

A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.

Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.

Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade.

Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura.

Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido"

Charles Chaplin

*( encontrado no site: <http://www.pensador.info/p/charles_chaplin_poemas_sobre_a_vida/1/>, consultado em 29 de setembro de 2008)

domingo, setembro 21, 2008

Paz, Carnaval e futebol não matam, não engordam e não fazem mal!

Bandeira branca!

Ás vezes diante de um acontecimento, de uma situação (enfim...), é difícil ficar de braços cruzados! Há casos em que devemos nos mobilizar, "pôr a boca no trombone", defender a nossa causa!
Podemos defender causas sozinhos, em grupos, politicamnete corretas ou não, altruistas ou egoístas, mas temos que defender algo... ou corremos o risco de passar um vida indo de acordo com a direção que o vento sopra.
Eu defendo a liberdade de amar e ser amado, a amizade sincera, o respeito, a preservação da natureza, o direito à educação, moradia e alimentação para todos (hey, não sou candidata não, kkkkk), e muitas outras que fariam da minha bandeira um verdadeiro mosaico. Mas, dentre todas as causas e cores que possam compor uma bandeira, a da paz deve ser a mais importante, aliás ela deve ser a razão de toda luta e o princípio também!


Post para o Tudo de Blog

domingo, setembro 14, 2008

Mais uma (de amor)

Busque amor, novas artes, novo engenho

Busque amor, novas artes, novo engenho
Pera matar-me, e novas esquivanças,
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, enquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê,
Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como e dói não sei porquê.

Luís de Camões

***

Depois de um tempão sem postar, estou aqui matando a saudade e deixando mais um poema que eu adoro!
Estou correndo tanto que mal tenho tempo de me dedicar à leitura, (ou até mesmo escrever algo), postar no blog...
Estou correndo atrás de um projeto de uma sala de cinema aqui na cidade onde moro onde sejam exibidos somente filmes brasileiros (antigos, recentes, underground...). Tomara que dê tudo certo!
Graças a Deus está tudo ok com a minha monografia (sobre a perspectiva estética na cibercultura). Esta arte aí em cima faz parte do acervo do artista plástico Otávio Filho, professor na universidade onde estudo e Doutor em Comunicação e Semiótica.

Eu pretendo analisar as suas obras em meu trabalho de conclusão de curso. quer ver mais obras dele?: http://www.facom.ufba.br/pesq/cyber/otavio/

Estou cada vez mais apaixonada pela tal "Arte Digital", assim que eu tiver tempo invistirei nisso!
Aqui mais uma! Dê uma olhada no acervo, são ótimas!

Vou ficando por aqui, bjuxxx!

quarta-feira, setembro 03, 2008

Correria...

Desiderata (*)

Vá placidamente por entre o barulho e a pressa e lembre-se da paz que pode haver no silêncio.
Tanto quanto possível sem capitular, esteja de bem com todas as pessoas.
Fale a sua verdade calma e claramente e escute os outros, mesmo os estúpidos e ignorantes; também eles têm a sua história.
Evite pessoas barulhentas e agressivas, elas são tormentos para o espírito.Se você se comparar aos outros pode tornar-se vaidoso e amargo, porque sempre haverá pessoas superiores e inferiores a você.Desfrute suas conquistas assim como seus planos.
Mantenha-se interessado em sua própria carreira, mesmo que humilde; é o que realmente se possui na sorte incerta dos tempos.
Exercite a cautela nos negócios porque o mundo é cheio de artifícios.
Mas não deixe que isso o torne cego à virtude que existe.Muitas pessoas lutam por altas idéias e por toda parte a vida é cheia de heroísmo.
Seja você mesmo, não finja afeição nem seja cínico sobre o amor, porque em face de toda aridez e desencadeamento ele é perene como a grama.
Aceite gentilmente o conselho dos anos, renunciando com benevolência as coisas da juventude.
Cultive a força do espírito para proteger-se num infortúnio inesperado, mas não se desgaste com os temores imaginários; muitos medos nascem da fadiga e da solidão.
Acima de uma benéfica disciplina seja bondoso consigo mesmo.
Você é filho do universo, não menos que as árvores e as estrelas; você tem o direito de estar aqui.
E que seja claro ou não para você, sem dúvida o universo se desenrola como deveria.
Portanto, esteja em paz com Deus, qualquer que seja sua forma de concebê-lo.
E sejam quais forem sua lida e suas aspirações na barulhenta confusão da vida, mantenha-se em paz com a alma.
Com todos os enganos, penas e sonhos desfeitos, este é ainda um mundo maravilhoso.
Esteja atento.

Willian Shakspeare